segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O mapa-múndi está próximo de ser redesenhado

Depois de 2008 com o surgimento do Kosovo, mais um novo país está prester a ser criado e redesenhar novamente o mapa-múndi. Trata-se do Sudão do Sul ou Kush, nome de uma das primeiras civilizações da região sul do rio Nilo, que se desenvolveu por volta de 1500 a.C. Novamente o continente africano assistirá a criação de um país dezessete anos depois da separação da Eritreia da Etiópia, a última em território africano.

E quem vai decidir se haverá a divisão ou não do Sudão será a população, que por meio de um referendo manifestará a sua decisão. O referendo iniciado no último domingo é aguardado desde 2005, quando foi assinado o acordo de paz que pôs fim à guerra civil e deu autonomia ao sul durante os últimos cinco anos.

Dos cerca de 40 milhões de sudaneses, 4 milhões registraram-se para votar. São sulistas que vivem em todo o país e também em algumas cidades do exterior. O processo dura uma semana e começou no domingo (09/01). Os resultados oficiais estão previstos para serem divulgados em meados de fevereiro.

Contudo, o novo país já nascerá como uma das mais pobres nações do mundo, que precisa de muitos avanços em diversas áreas como a social, na econômica e na educacional.


De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), 90% da população do sul (estimada em 8,8 milhões) vivem com menos de um dólar por dia, 85% são analfabetos e um terço sofre de fome crônica.

A cidade de Akobo, na fronteira com a Etiópia, foi classificada pela ONU como "o lugar mais faminto do planeta". Há outros problemas como escassez de alimentos e saúde. Segundo a Anistia Internacional, calcula-se que 6,2 milhões de pessoas, incluindo 4,2 milhões em Darfur e 1,3 milhões no Sudão do Sul, precisem de ajuda alimentícia.


Com relação à educação, no Sudão do Sul há 1.000 alunos na classe primária por professor e 92% das mulheres não sabem ler nem escrever.


Localização do Sudão do Sul
Fonte: Folha de São Paulo

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