sábado, 26 de fevereiro de 2011

Sustentabilidade - um bom negócio para as empresas

Uma das estratégias para garantir a perenidade de uma empresa - não importa o tamanho - num mercado cada vez mais competitivo e volta e meia atingido por crises econômicas, algumas de caráter mundial, é adotar práticas sustentáveis e os benefícios são muitos: redução de custos, acesso a empréstimos mais baratos, ganho de mercado e geração de valor para a marca.

A mudança pode se iniciar com atitudes simples, como diminuir o consumo de água e energia elétrica, reduzir a geração de resíduos e reciclar o que foi para o lixo. Tais medidas geram economia de imediato. Mas o empresário somente vai identificar o que pode ser mudado se observar constantemente a atividade da sua empresa, a sua cadeia de produção. Com isso, naturalmente irá descobrir as atividades que requerem melhoria, tornando o seu negócio mais eficiente. Portanto, a sustentabilidade requer um pensamento e observação abrangentes, não somente a aplicação de atitudes pontuais.


Para que, de fato, haja resultados favoráveis para o negócio e, principalmente para o meio ambiente, a prática sustentável não deve se restringir somente a empresa em si, mas também aos fornecedores que trabalham junto a ela. É importante que as empresas comprem de quem apresenta também boas práticas, pois é prejudicial para a sua imagem, ter o seu nome associado a fornecedores que tenham uma conduta duvidosa.


Um dos benefícios da empresa que repensa o seu negócio levando em conta o respeito ao meio ambiente, é o acesso a empréstimos com taxa de juros reduzidas. Atualmente, na maior parte dos bancos, a análise de crédito das empresas passa por um questionário socioambiental e quem apresenta práticas sustentáveis tem acesso a juros menores.


Também a adoção de práticas sustentáveis gera um ganho de valor para a marca da empresa e, consequentemente, a conquista de maiores fatias de mercado. Hoje os consumidores estão cada vez mais conscientes da importância de respeitar o meio ambiente e priorizam, no momento da compra, as empresas que têm uma conduta correta.

Atualmente ter responsabilidade socioambiental é um diferencial de mercado, mas futuramente se tornará uma obrigação e a empresa que não se adequar não vai sobreviver no mercado.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Os dez governos há mais tempo no poder

A queda do presidente Hosni Mubarak, que comandou com mão de ferro o Egito por trinta anos, reacendeu em várias regiões do mundo a esperança de milhares de povos de um dia se livrarem também dos seus ditadores. E no mundo ainda há bastante exemplares (contando o próprio Mubarak, pois somente os dias "dirão" se realmente ele deixou o poder egípcio)...

1° Muammar Gaddafi (Líbia) - 42 anos no poder

Aos 27 anos, Gaddafi era membro das tropas revolucionárias que tomaram o país em 1969. Com a queda do governo anterior, Gaddafi assumiu o poder.

2° José Eduardo dos Santos (Angola) - 32 anos no poder

Em 1961, o militante nacionalista ingressou no Movimento Popular de Libertação de Angola. Foi escolhido para estudar em Moscou, onde se especializou em problemas da indústria de petróleo. Foi eleito presidente em 1979 e ocupa o cargo desde então.

3° Theodoro Obiang Nguema Mbasogo (Guiné Equatorial) - 32 anos no poder

Em 1979, deu um golpe de Estado e declarou que o novo governo traria um começo diferente do anterior, sem medidas repressivas. No entanto, a Anistia Internacional acusa Mbasogo de tortura e violação dos direitos humanos.

4° Robert Mugabe (Zimbábue) - 31 anos no poder
Seu prestígio inicial foi se deteriorando ao longo do tempo por conta da crise econômica no país e a duvidosa legitimidade de seu governo. Mugabe é o segundo presidente da história do Zimbábue.

5° Hosni Mubarak (Egito) - 30 anos no poder

Mubarak se beneficiou de artigos da Constituição egípcia que determinam mandatos presidenciais de seis anos com possibilidade de reeleições indefinidas para se manter no poder por 30 anos. O agora ex-governante também alterou lei que fez com que a eleição de candidatos de outros partidos fosse praticamente impossível.

6° Paul Biya (Camarões) - 29 anos no poder

No cargo desde 1982, Paul Biya é o segundo presidente do país. Antes de se tornar o líder de Camarões, Bya foi primeiro ministro de seu antecessor, Ahmadou Ahidjo. Em 1983, ele acusou Ahidjo de organizar um golpe contra ele, obrigando o ex-presidente a fugir do país.

7° Yoweri Museveni (Uganda) - 25 anos no poder

Esteve envolvido na derrubada de dois presidentes. Alterou a Constituição de seu país para deixá-lo concorrer a mais um mandato.

8° Blaise Compaoré (Burkina Faso) - 24 anos no poder

Assassinou seu antecessor, Thomas Sankara, em um golpe de Estado em 1978.Desde então, venceu outras quatro eleições presidenciais.

9° Omar Hassan Al-Bashir (Sudão) - 22 anos no poder

O ditador al-Bashir é o único chefe de Estado procurado pela Corte Criminal Internacional por crimes de guerra e contra a humanidade. Al-Bashir tomou o poder em 1989 com um golpe de Estado e protagonizou a maior crise humanitária do mundo, em Darfur. Mesmo assim, foi reeleito presidente do Sudão, no primeiro pleito realizado no país em 24 anos com 68% dos votos. As eleições, é claro, foram marcadas por acusações generalizadas de fraude, mas o porta-voz da Comissão Eleitoral do Sudão, Abel Alier, confirmou a vitória de Al-Bashir.

10° Islam Karimov (Uzbequistão) - 21 anos no poder

Islam Karimov (esq. na foto) acabou com os partidos de oposição e é conhecido por torturar presos políticos nas cadeias. Foi reeleito três vezes por meio de referendos não reconhecidos pelos observadores internacionais. Seu governo é conhecido pela forte repressão e ganhou a fama depois de ferver vivas duas pessoas contrárias ao seu regime.

Fonte: UOL

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Vistoria valerá para todo o Estado, diz secretário

Sempre fui a favor da inspeção veicular obrigatória numa forma de diminuir a quantidade de poluentes emitidos na atmosfera paulistana e paulista, porque não. Vale lembrar que há exportação de poluentes do município de São Paulo para outros municípios presentes no estado distantes muitos quilômetros. Se levarmos em consideração a Região Metropolitana de São Paulo - capital e 38 municípios vizinhos - a fumaça produzida nessa região se espalha para municípios distantes até 400 km. Isso ocorre devido a ação dos ventos e da dinâmica atmosférica (movimentação das massas de ar), principalmente.

Apesar de defender a inspeção veicular obrigatória, o que eu sempre fui crítico é a forma como isso foi pensado e implantado no município de São Paulo... Somente os veículos licenciados em São Paulo são obrigados a fazer a inspeção, como se quem andasse por aqui fosse somente os veículos "cadastrados" aqui. Fique num cruzamento de uma avenida ou rua movimentada da capital por alguns minutos e observe a quantidade de carros que não são do município de São Paulo e trafegam por aqui. Igualmente, vá até um grande shopping ou hipermercado e observe a quantidade de carros estacionados que não são da capital. Nessa análise rápida e sem uma metodologia de caráter científico, já é possível chegarmos a conclusão que vários veículos "estrangeiros" são também responsáveis pela produção de poluição, isso sem contar das motocicletas e caminhões.

Com a declaração feita ontem pelo novo secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas (PSDB), neto do ex-governador Mário Covas, o projeto começará (caso a sua vontade prospere) a ser mais coerente, pois a inspeção veicular obrigatória será estendida a todos os municípios do estado de São Paulo. O projeto de lei sobre o tema está parado na Assembleia Legislativa. Nesse momento, cabe a todos nós pressionarmos os nossos deputados para votarem o referido projeto. O Meio Ambiente agradece!

Segue abaixo a entrevista concedida para a Folha de São Paulo de ontem, sábado (05/02/2011):

Vistoria valerá para todo o Estado, diz secretário
Toda a frota de veículos do Estado de São Paulo será alvo da inspeção veicular obrigatória, caso a vontade de Bruno Covas, secretário de Meio Ambiente, prospere. Sem dar datas concretas, ele disse à Folha que vai atuar para que o projeto de lei sobre o tema, que está parado na Assembleia Legislativa, seja aprovado. "O mais breve possível", afirmou o neto de Mário Covas. Leia, a seguir, trechos da entrevista do secretário ambiental de São Paulo.

Folha - Quando vai sair a inspeção veicular estadual?
Bruno Covas- A ideia é encontrar, o mais breve possível, um texto que seja aceito por todas as bancadas da Assembleia. Precisamos ampliar a inspeção para todo o Estado.

Quando os novos padrões da qualidade do ar da capital vão ser discutidos?
Não havia consenso para a aprovação dos padrões em janeiro. Não adianta fazer nada de cima para baixo, sem combinar com a sociedade. Temos urgência nisso, mas o assunto será pautado quando houver consenso.

Acelerar o licenciamento ambiental é uma preocupação da sua gestão na secretaria de Meio Ambiente?
Este é um gargalo grande, que não vem de agora. Existem empreendimentos que estão parados, porque não têm licença. Temos que dizer sim, mas também não, quando o projeto estiver em desacordo com a legislação.