sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Já pensou em fazer um curso a distância?

Fonte: Fundação Bradesco - Escola Virtual

Desde 2001 a Fundação Bradesco possibilita pela Escola Virtual o acesso a cursos das mais diversas áreas, tais como Administração Financeira, Banco de Dados, Aperfeiçoamento/Comportamentais, Governança de TI, Segurança, Tecnologia da Informação e de formação continuada de profissionais da educação. Há também uma área exclusiva para as crianças com conteúdos de Matemática, Meio Ambiente e Inglês.

O cadastro no site bem como a matrícula nos cursos é totalmente gratuito. Além dessa vantagem, você aprimora o seu currículo e adquire novos conhecimentos sem sair de sua casa, embora no catálogo haja cursos semipresenciais.

Essa possibilidade de estudo oferecida pela Fundação Bradesco vem reforçar o compromisso assumido por ela desde a sua criação em 1956: a de proporcionar educação e profissionalização a crianças, jovens e adultos.

Então, o que está esperando? Entre no site, faça o seu cadastro e comece a usufruir dos benefícios de se estudar a distância, modalidade de ensino que mais tem crescido no Brasil nos últimos anos.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Futuratec - A videoteca do Canal Futura


O Canal Futura, das Organizações Globo, que infelizmente somente é transmitido via antena parabólica e em algumas TV's por assinatura, passou a disponibilizar gratuitamente a grande maioria dos programas veiculados por ela para a realização de downloads. O nome do site é Futuratec.

O Futuratec tem quase 200 horas de conteúdo de 30 séries diferentes, com prioridade para o material de 2005 para cá e programas como o Globo Ciência e Globo Ecologia.

Para fazer o download é necessário primeio fazer um cadastro que leva poucos segundos. Dentro do tema do seu interesse, basta acessar o vídeo cujo título você se interessou. Após, é só fazer o download e depois passar o conteúdo para uma mídia e assistir num aparelho de DVD.

Chamo a atenção para os diversos episódios do "Globo Ciência" e do "Globo Educação", aqueles programas que passam aos sábados bem cedo e que nem sempre nós conseguimos acordar a tempo de assistí-los.

Outro programa bem interessante com conteúdo geográfico é o "Passagem para...". Nele, o jornalista Luís Nachbin viaja sozinho com a câmera e mostra, com um tom intimista, vários aspectos dos países visitados. A série produzida desde 2006 mostra, em vários programas, países tais como: Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Panamá, Venezuela, Bolívia, Argentina, Equador, Índia, Malásia, Camboja, Zimbabue, África do Sul, Portugal, Sri Lanka, entre outros. Além de apresentar personagens locais, o jornalista entrevista nativos desses países residentes no Brasil.
Bons Downloads!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Exposição: Islã: Arte e Civilização

Fonte: Centro Cultural Banco do Brasil

No próximo dia 18/01 chega a São Paulo, mais precisamente no imponente espaço do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), a mostra "Islã: Arte e Civilização". Teremos oportunidade de conhecer um pouco mais da milenar história do Islã por meio de mais de 300 obras distribuídas em cinco pavimentos (Subsolo, térreo, 1°, 2° e 3° andares).

As peças são provenientes do Acervos do Museu Nacional de Damasco, Museu Aleppo e Palácio Azem, da Síria, e peças do Museu Nacional do Irã, Museu Reza Abassi e Museu do Tapete, no Irã. A exposição também traz ao público obras pertencentes ao acervo da Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes (BibliASPA) oriundas do Marrocos, Mauritânia, Líbia, Líbano, Burkina Faso e Brasil, além de peças do Mali, Níger e Nigéria, da Casa das Áfricas.

A curadoria da exposição ficou por conta do Prof. Dr. Paulo Daniel Farah (diretor do Centro de Estudos Árabes da USP) e de Rodolfo Athayde.

SERVIÇO
Data: De 18 de janeiro a 27 de março
Horário: Terça a domingo | 10h às 20h
Locais: Subsolo, térreo, 1º, 2º e 3º andares | Rua Álvares Penteado, 112 - Centro
Recepção/Informações: Terça a domingo, das 10h às 20h | Telefones: (11) 3113-3651/52
Classificação: Livre
Entrada Franca

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Os campeões de assiduidade

Acredito que uma das formas de analisarmos a qualidade dos nossos deputados federais é estudar os dados contidos no documento lançado ontem (12/01)  pelo site Congresso em Foco e disponível para DOWNLOAD.

O documento indica que lamentavelmente dos 633 deputados que exerceram mandato na atual legislatura, apenas um participou de todas as sessões reservadas a votação nos últimos quatro anos. Carlos Manato (PDT-ES) não teve nenhuma falta nos 422 dias em que o plenário da Câmara se reuniu em sessões deliberativas. Os deputados que mais se aproximaram do campeão em assiduidade foram José Genoino (PT-SP) e Jofran Frejat (PR-DF). Os dois acumularam apenas quatro faltas nesse mesmo período.

Esses três parlamentares encabeçam o grupo de 32 deputados que registraram mais de 400 presenças no período entre 6 de fevereiro de 2007 e 21 de dezembro de 2010, segundo levantamento feito pelo Congresso em Foco com base em registros oficiais da Câmara. Esses congressistas tiveram assiduidade igual ou superior a 95%.

Alguém pode afirmar que a frequência não quer indicar nada, citando o antigo bordão que quantidade não quer dizer qualidade, mas se tratando da nossa Câmara dos Deputados, nem isso se aplica. Basta fazermos um retrospecto dessa legislatura que finda nesse mês de janeiro, de quantos projetos relevantes para a população foram votados efetivamente. Inclusive, o mais recente projeto votado somente beneficiou os próprios deputados: um aumento salarial de exorbitantes 61,8%.

Independente de alterar ou não o atual regimento interno que regula o funcionamento das sessões, visando tornar o plenário mais atraente para os deputados, acredito que o mínimo, o básico de toda atividade parlamentar é estar presente nas sessões, independentemente da sua importância.

E se o salário dos deputados estivesse não somente atrelado a frequência, mas também ao desempenho do parlamentar nas sessões, será que a frequência aumentaria e também a qualidade das propostas, dos projetos? Seria bem interessante ver os nossos deputados e também senadores trabalharem com uma política de recebimento de salário por produtividade e eficiência. Você não acha?

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O mapa-múndi está próximo de ser redesenhado

Depois de 2008 com o surgimento do Kosovo, mais um novo país está prester a ser criado e redesenhar novamente o mapa-múndi. Trata-se do Sudão do Sul ou Kush, nome de uma das primeiras civilizações da região sul do rio Nilo, que se desenvolveu por volta de 1500 a.C. Novamente o continente africano assistirá a criação de um país dezessete anos depois da separação da Eritreia da Etiópia, a última em território africano.

E quem vai decidir se haverá a divisão ou não do Sudão será a população, que por meio de um referendo manifestará a sua decisão. O referendo iniciado no último domingo é aguardado desde 2005, quando foi assinado o acordo de paz que pôs fim à guerra civil e deu autonomia ao sul durante os últimos cinco anos.

Dos cerca de 40 milhões de sudaneses, 4 milhões registraram-se para votar. São sulistas que vivem em todo o país e também em algumas cidades do exterior. O processo dura uma semana e começou no domingo (09/01). Os resultados oficiais estão previstos para serem divulgados em meados de fevereiro.

Contudo, o novo país já nascerá como uma das mais pobres nações do mundo, que precisa de muitos avanços em diversas áreas como a social, na econômica e na educacional.


De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), 90% da população do sul (estimada em 8,8 milhões) vivem com menos de um dólar por dia, 85% são analfabetos e um terço sofre de fome crônica.

A cidade de Akobo, na fronteira com a Etiópia, foi classificada pela ONU como "o lugar mais faminto do planeta". Há outros problemas como escassez de alimentos e saúde. Segundo a Anistia Internacional, calcula-se que 6,2 milhões de pessoas, incluindo 4,2 milhões em Darfur e 1,3 milhões no Sudão do Sul, precisem de ajuda alimentícia.


Com relação à educação, no Sudão do Sul há 1.000 alunos na classe primária por professor e 92% das mulheres não sabem ler nem escrever.


Localização do Sudão do Sul
Fonte: Folha de São Paulo

sábado, 8 de janeiro de 2011

Conto "Gritos na Escuridão"

Sou um apaixonado pela literatura, em especial pelos gêneros Fantástico e Policial. Acredito que todo grande leitor, grande no sentido de ler muitos livros, sente a necessidade uma hora de começar a desenvolver as suas próprias histórias, com personagens e situações que povoam a sua cabeça.

Foi assim que tempos atrás comecei a escrever alguns contos do gênero Fantástico. Inclusive dois deles foram publicados em antologias. Segue abaixo o texto de suspense "Gritos na Escuridão" que está publicado na antologia "Olhares na Noite".

Quem desejar ler o livro e ter acesso aos outros excelentes contos deve-se fazer o download, que vale muito a pena. Dê um clique em cima da capa do livro para fazer o download.



Boa leitura e espero que gostem! Use o campo dos comentários para as críticas. Todas elas serão muito bem vindas.

Gritos na escuridão

                                                                                                         Angelo Tiago de Miranda
                                                                                                                                                                                                                                
Lenina olhava diariamente pela janela numa busca incessante de sair daquele lugar. Ao fitar o seu olhar melancólico no belo horizonte que desenhava a sua frente, o seu pensamento fluía em busca de uma maneira rápida e eficiente de fugir. Afinal de contas, já havia se passado mais de cinqüenta anos presa naquele monastério, uma vida inteira, desde a sua infância, se dedicado a algo que não mais a atraía. Nesse atual estágio já se encontrava muito fatigada por obedecer a tantos anos as regras da sua ordem religiosa. Sua história havia se transformado numa rotina repleta de tédio, falta de prazer, sabor e encanto pela vida. Sentia que a sua vida estava chegando ao fim e para ela seria injusto não descobrir as coisas lindas e ocultas que havia no mundo afora.

Numa manhã, estando no segundo andar e olhando para fora daqueles muros através de uma grande janela empoeirada, eis que num segundo enxergou aquela que seria uma possível solução. Porque não havia pensado nisso? Há tempos não durmo procurando uma forma de escapar desse lugar! – pensou intimamente. Lenina observou que naquele instante, um velho homem chamado Maricato estava se retirando do monastério empurrando uma carroça com dois caixões. Ele trabalhava continuamente há décadas como carpinteiro e, além de fabricar os caixões aonde eram colocadas as pessoas que morriam, também era o responsável por enterrá-las longe do monastério, pois o solo daquele local era considerado santo demais para receber mortos.

Devido a sua avançada idade e sem aquele vigor característico da juventude, ele fazia uma força brutal para empurrar o pequeno carro que percorria vagarosamente um terreno extremamente pedregoso. Com os solavancos que eram praticamente inevitáveis um dos caixões ficou entreaberto expondo o que parecia um braço de uma pessoa, sendo colocado rapidamente pelo ancião ao perceber o inconveniente. Ah! De fato são corpos que ele está levando! Ao certo alguém dentro do monastério veio a falecer, concluiu Lenina.

Ela ficou observando e acompanhando de longe toda a trajetória de Maricato, que neste momento estava com o auxílio de uma pá cavando duas covas rasas para sepultar logo em seguida os corpos. Com muita dificuldade ele conseguiu, após longos minutos, trazer os caixões para dentro das covas e cobrir com uma fina camada de terra, pois a sua força já não permitia realizar os sepultamentos como outrora.

Lenina estava ansiosa para falar com Maricato e ao cair da noite dirigiu-se sorrateiramente à sala dele, encontrando um ambiente escuro, gélido, com dezenas de caixões pendurados e um cheiro estranho, vindo do apodrecimento de corpos que estavam aguardando há dias para serem enterrados. Após conversar por alguns minutos e expor o seu plano, ela já não agüentando mais aquele cheiro acre, deixou a sala rumo ao seu aposento já sentindo o aroma da liberdade e o prazer de tão logo poder exercer livremente a sua vontade.

O plano consistia numa fuga através do auxílio do velho homem. Numa certa noite ela iria até a sala dele e entraria num caixão, ficando lá até pela manhã, horário em que Maricato levá-lo-ia para ser sepultado. No mesmo dia, mas no início da noite, ele sairia do monastério com uma desculpa de recolher os animais que estavam pastando e iria até a cova onde estava Lenina, desenterrando-a.

Passado algumas semanas, chegou o grande dia. Convicta do sucesso que seria o seu plano seguiu a risca o acordo. Queria conversar mais uma vez com o velho para repassar os detalhes, mas não o encontrou. Por estar com medo de alguém descobrir a sua aproximação com ele, também não o procurou entre os funcionários do monastério. Sentiu medo para descer até aquele porão escuro e escolher um caixão para se esconder, mas assim o fez.  O cheiro de podre naquele local era horrível e logo ela procurou um caixão numa tentativa de escapar daquele ar extremamente pesado e nauseabundo, agradecendo a si mesma por ter encontrado um vazio. Mas o seu alívio durou pouco, pois transcorrido alguns minutos ela escutou passos e vozes vindos da entrada do porão e seguindo em sua direção. A tampa do caixão foi aberta e naquela escuridão total jogaram mais um corpo dentro dele e, se não bastasse tal inconveniente, ainda o pregaram com diversos pregos. Era uma sensação horrível, o corpo gelado e um pouco enrijecido estava bem encostado ao seu, num abraço que ela gostaria de nunca ter experimentado. Lenina sentiu o suor frio que lhe cobria o rosto e encharcava a sua camiseta. Procurou controlar os nervos. Pelo menos alguém sabia que ela estava ali e tão logo seria libertada daquele infortúnio. O ar imundo do local estava cada vez mais pesado, e ela começou a amaldiçoar a demora de ser levada dali.

Lenina respirou profundamente. Tossiu um pouco e lembrou-se de que deveria manter a calma, não gritar, não respirar muito. Manter a calma. Aquelas palavras martelavam em sua mente. Manter a calma... Não entrar em pânico... Ainda assim, conseguiu cochilar.

Quando acordou, não tinha noção de quanto tempo se passara. Estava num local abafado e mergulhado numa escuridão total. Lembrou-se do pequeno isqueiro que trouxera no bolso para “quebrar” a escuridão já esperada e aguardar a chegada do velho.

Mal conseguia mover as pernas. Deslizou os dedos para o lado tentando levar a mão no bolso, mas o corpo que estava junto ao seu a impedia. Sentiu os braços contidos por ele que nesse momento já estava duro. De ambos os lados, estava cercada em um cubículo ínfimo. Com muita dificuldade, conseguiu espremer-se e apanhou o isqueiro. Ao acendê-lo ficou arrepiada e aterrorizada... O corpo que estava no caixão era o de Maricato! Agora, quem iria desenterrá-la? Provavelmente, a enterrara em algum terreno baldio ou outra área abandonada bem longe do monastério. Como seria encontrada?

Sua mente vagava perdida, indo de pavor a pavor, numa velocidade cada vez maior. Seus olhos faziam uma varredura enlouquecida em toda a área alcançada pela pequena luz da chama do isqueiro. Procurava uma fresta, uma falha na madeira, algo que pudesse possibilitar-lhe uma fuga. Um grande desespero tomou conta do seu corpo e começou a sentir-se sufocada, como se o ar do ambiente restrito em que se encontrava se estivesse consumindo por sua respiração angustiada, sem que alguma lufada de vento viesse renová-lo.

Em pânico, tentou levantar a tampa do caixão. Teve a sensação de movê-la um milímetro, porém sentiu que os pregos fixados no esquife o impediam de abri-lo. Começou a bater na tampa com todas as suas forças, mas nada. Tudo estava bem fechado e não havia condição alguma de conseguir dar fim aquela prisão. Os seus dedos estavam banhados de sangue e doíam insuportavelmente. Sentia as unhas soltando-se deles pela luta e pela força que fazia contra a madeira nua. Chorava em desespero. Numa última esperança, começou a gritar com todo o resto de forças que ainda tinha... Sentiu que a morte estava bem próxima.

Júlio Verne e a sua "Viagem ao centro da Terra"

Nas obras do escritor francês Júlio Verne (1828-1905), encontramos diversos assuntos relacionados a ciência geográfica. Temas como a Lua, o planeta Terra, viagens, países e povos, culturas, vegetação, animais, conflitos, entre outros, são sempre abordados envoltos em histórias fantásticas.

Os críticos literários consideram-no como o precursor do gênero de ficção científica, sendo que em seus livros ele fez predições sobre o aparecimento de novos avanços científicos, como os submarinos, máquinas voadoras e viagem à Lua (o homem somente chegou a Lua em 1969). Verne pesquisava muito antes de escrever as suas histórias, tanto que algumas nem pareciam ficção e sim, relatos verídicos.

Sem dúvida, ao ler as obras de Verne observamos como que os conhecimentos de Geografia são aplicados e fazem diferença numa viagem e/ou expedição, por exemplo.

Um dos livros mais fantásticos e interessantes de Júlio Verne é "Viagem ao centro da Terra", cuja história já foi adaptada cinco vezes para o cinema, sendo a última, em 2008.

O livro foi publicado inicialmente em 1864. A aventura é narrada pelo personagem Axel, um jovem alemão, sobrinho de um ilustre geólogo, o Dr. Otto Lidenbrock, que juntos realizaram uma grandiosa viagem às profundezas subterrâneas do planeta Terra.

A morte anunciada das lâmpadas incandescentes no Brasil


Ontem no Brasil foi anunciado o ano da morte das lâmpadas incandescentes: 2016. O anúncio foi publicado no Diário Oficial da União por meio de uma Portaria elaborada em conjunto com os ministérios de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia e Indústria e Comércio.

O principal objetivo do governo é com a economia que a substituição dessas lâmpadas gerará para o país: cerca de 10 terawatts-hora (TWh/ano) até 2030. Isso representa mais que o dobro conseguido pelo selo Procel de Economia de Energia, àquele que vem colado em geladeiras, ar-condicionados, televisores e outros aparelhos e regulamenta o limite de consumo de energia elétrica que cada aparelho apresentar.

Selo Procel
Fonte: http://www.eletrobras.gov.br/

Vale ressaltar que essa posição do governo é extremamente bem vinda para a economia, pois um maior consumo de energia gera uma maior produção de energia, que por sua vez, gera uma maior pressão sobre as hidrelétricas,  cuja capacidade instalada já está quase saturada, obrigando o governo a recorrer as termelétricas e as usinas nucleares. Isso resulta no direcionamento de vultosas quantias de dinheiro público e mais gasto público.

Além disso, a medida possui um aspecto de ajuda ao meio ambiente, principalmente no que tange ao aquecimento global. Para se ter uma idéia, a lâmpada incandescente libera 95% de calor e somente 5% de luz. Também emite gás carbônico para a atmosfera, um dos principais gases geradores do efeito estufa.

Mas somente substituir as lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes não é uma solução sustentável ambientalmente. É preciso as indústrias inovarem com a fabricação das lâmpadas fluorescentes, que utilizam-se até dez vezes mais matéria-prima e energia comparada a sua "rival". Ainda há o problema do descarte desse tipo de lâmpada, pois em sua composição há o elemento mercúrio. Se a lâmpada não for jogada em um lixo adequado, pode contaminar o solo e a água.

Enfim, há um prazo de cinco curtos anos para a indústria conseguir desenvolver uma lâmpada de baixo consumo de energia, baixo impacto ambiental e de baixo custo, lembrando que esse último é hoje o principal entrave para as famílias começarem a adquirir as lâmpadas fluorescentes.

Os países que integram a Comunidade Européia ainda não conseguiram desenvolver um novo tipo de lâmpada, mas um grande e importante passo já foi dado rumo a economia e a diminuição do aquecimento global com a proibição da produção, importação e venda de lâmpadas incandescentes desde agosto de 2009.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A questão da utilização do eucalipto

Angelo Tiago de Miranda e Cassio Eduardo Fonseca

Ao viajarmos pelo Brasil temos observado em grandes porções do território a presença de florestas de eucalipto, conjunto de varias espécies vegetais do gênero Eucalyptus, utilizados principalmente para a produção de pasta de celulose e carvão vegetal. Vale lembrar que o eucalipto é um vegetal exótico, ou seja, não proveniente do território brasileiro e, como toda espécie “estrangeira”, uma vez inserida nos nossos ecossistemas elas podem causar um desequilíbrio ambiental, alterando, por exemplo, a teia de relações naturais existentes (ciclo hidrológico, fauna e flora, basicamente). Mas isso ainda é tema de polêmica entre os pesquisadores.

Uma das críticas que se costuma fazer ao eucalipto é que ele precisa de muita água durante a fase de crescimento. Isto foi não foi confirmado por pesquisas desenvolvidas recentemente, que têm mostrado não haver muita diferença entre o consumo de água de diversas espécies florestais e o eucalipto. Isso também é verdade em comparação com a agricultura: ele apresenta consumo parecido com o do café e menor do que o da cana-de-açúcar. Em países com pouca disponibilidade de água, como Espanha, Itália, Israel e Marrocos, grandes áreas estão sendo usadas para o plantio de eucaliptos, sem problemas. No caso de Israel, inclusive áreas de deserto estão sendo usadas para agricultura, depois do cultivo do eucalipto por períodos entre 20 e 30 anos.

De fato, o assunto do eucalipto é algo polêmico. Alguns defendem que a plantação de eucaliptos permite evitar o corte e abate de espécies nativas, para tais fins, pelo que seria uma opção adequada a terras degradadas, promovendo-se a economia onde são cultivadas. Outros, atacam dizendo que geram graves desequilíbrios ambientais, mas esta discussão parece estar chegando ao fim, porque hoje o eucalipto vem ultimamente sendo visto com outros olhos. Isso porque, muitas acusações contra ele vêm sendo sistematicamente desmentidas por pesquisadores que o estudam em todo o mundo.


quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Desenvolvimento sustentável e Educação Ambiental

                                                                    Angelo Tiago de Miranda e Cassio Eduardo Fonseca

Mudanças climáticas, chuvas ácidas, poluição atmosférica, lixo, ilhas de calor entre outros, são conseqüências da ação da humanidade que explora os recursos naturais do planeta e modifica a superfície terrestre para atender às suas necessidades que crescem continuamente com o desenvolvimento das civilizações.

A situação ambiental do planeta fica ainda mais comprometida quando levamos em conta o perfil de consumo exagerado tanto de matérias-primas como de energia advindos dos países desenvolvidos que, conseqüentemente, produzem quantidades enormes de resíduos. Outro problema são os países menos desenvolvidos, que na busca de uma melhor qualidade de vida tendem a atingir os padrões de consumo dos países industrializados do Hemisfério Norte.

Visando a perpetuação dos recursos naturais e da espécie humana foi que ONU (Organização das Nações Unidas), na década de 1980, introduziu o conceito de desenvolvimento sustentável, que recomenda o atendimento das necessidades básicas humanas e alguns dos seus “desejos”, sem que haja o comprometimento da capacidade do planeta para atender as futuras gerações.

É nesse contexto que a Educação Ambiental se faz necessária, tanto no ambiente escolar quanto na família, para a criação de uma mentalidade conservacionista e a utilização sustentável dos finitos recursos naturais. Contudo, além da educação ambiental, as práticas insustentáveis ambientalmente devem ser combatidas. Assim, defendo ações coercitivas - como a aplicação das leis ambientais - a processos que ignoram a manutenção ou até mesmo a conservação dos ambientes naturais.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Desenvolvimento sustentável no Brasil

Angelo Tiago de Miranda e Cassio Eduardo Fonseca


A redução do desmatamento na Amazônia e a utilização de energia elétrica advinda de fontes renováveis (46% da oferta interna de energia vem de fontes renováveis), são importantes mas insuficientes para se caracterizar uma verdadeira política de desenvolvimento sustentável no Brasil.

São pequenas no meio empresarial as práticas voltadas à exploração sustentável dos recursos e dos potenciais da Amazônia. Setores empresariais e do governo tem ainda a inadequada idéia de que a vocação da região é a produção de carne, soja, madeira de baixa qualidade, minérios e energia, atividades que comprometem a biodiversidade e geram dividendos particulares. Além disso, ao mesmo tempo em que se reduz o desmatamento na Amazônia, amplia-se de maneira alarmante a devastação do cerrado e da caatinga.

De outro lado, não se pode dizer que a característica da matriz energética brasileira represente por si só uma estratégia de desenvolvimento sustentável, pois paira sobre as fontes brasileiras a dúvida a respeito dos impactos socioambientais de sua expansão. Em relação ao etanol, há problemas quanto aos impactos de sua expansão no cerrado. Já o biodiesel que deveria ter grande presença de mamona, hoje é produzido à base de soja (85% da oferta total), cuja eficiência energética é baixa. Além disso, há a dificuldade de diversificar o uso de fontes alternativas de energia, como a solar e a eólica. Contudo, o que mais chama a atenção é o contraste que existe no setor industrial representado pela unidade de produto fabricado. De fato, em cada produto fabricado há uma menor emissão de gases de efeito estufa, só que em contrapartida, há um aumento preocupante na quantidade de energia e de materiais gasta no processo de fabricação. O desafio atual é produzir emitindo menos carbono, mas usando menos energia.

Os exemplos aqui mencionados mostram que o Brasil apresentou importantes progressos nos últimos anos, mas que estão ameaçados pela falta de uma estratégia de desenvolvimento sustentável.

Exposição "As construções de Brasília"

Dia da inauguração (laje de cobertura do edifício do palácio do Congresso Nacional), 1960
Crédito: Thomaz Farkas/ Acervo Instituto Moreira Salles

Na último mês de dezembro tive a oportunidade de visitar a exposição "As construções de Brasília" na Galeria de Arte do Sesi-SP (Av. Paulista, 1313 - Metrô Trianon-Masp) e a visita realmente valeu a pena, quer pela organização da exposição que contou com a parceria do Instituto Moreira Salles com o Sesi-SP, quer pela qualidade das fotos ali expostas.

O total de 140 fotografias (todas do acervo do Instituto Moreira Salles) nos remetem ao grande desafio que foi tirar Brasília do papel. Uma cidade que nasceu no meio do nada, no meio da vegetação do cerrado que foi suprimida para dar lugar ao sonho de Juscelino Kubitschek. É possível acompanharmos o nascimento de uma cidade que representava naquela ocasião o que mais tinha de novo na arquitetura moderna pensada pelo francês Le Corbusier e colocada em prática por Niemeyer e Lúcio Costa.

A grandiosidade dos monumentos ofusca os principais personagens dessa história: os candangos, trabalhadores vindos de todas as partes do Brasil, sobretudo do nordeste, que construíram Brasília e foram os seus primeiros habitantes. Por não terem lugar na cidade que nascia, os pobres trabalhadores formaram os primeiros núcleos urbanos ao redor da cidade, chamados hoje de cidades-satélites, muito carentes de infra-estrutura. Assim, nas imagens captadas pelos fotógrafos aparece uma Brasília que já nasceu desigual, tendo de um lado obras de arte, monumentos suntuosos e do outro regiões desprovidas de qualquer infra-estrutura apinhadas de gente humilde e pobre, como a Sacolândia, acampamentos onde famílias de candangos viviam em moradias feitas com sacos de cimento vazios, tão bem retratada pelas lentes do fotógrafo francês Marcel Gautherot.

A exposição é gratuita e vai até o dia 16 de janeiro de 2011. Horário de funcionamento: segunda-feira, das 11 às 20h, terça-feira a sábado, das 10h às 20h e domingo, das 10h às 19h. Telefone para contato: (11) 3146-7405 / 3146-7406.