quinta-feira, 24 de julho de 2014

Filmes baseados em livros

Ultimamente as produtoras de filmes, principalmente as norte-americanas, têm desenvolvidos filmes a partir de livros publicados que  já alcançaram um sucesso considerável no mercado editorial.Ponto cine e livros

A ideia é que se o livro fez sucesso nas vendas, tornando-se muitas vezes um best-seller, essa expectativa também é transferida para um filme, que pode confirmar no cinema o sucesso obtido nas livrarias.

Outro ponto também é a economia de tempo que as produtoras têm ao fazer um filme baseado num livro, haja vista que a história já está pronta para ser roteirizada e filmada e não precisa, portanto, ser criada “do zero”.

Daí o lançamento cada vez maior de filmes baseados em livros e um nicho pouco explorado pelas editoras e pelos livreiros quando esses filmes chegam para ser exibidos no circuito. Muitos dos espectadores dos filmes não têm conhecimento que ele é baseado numa obra literária. Outros sabem disso, mas não tem interesse em ler a obra que originou o longa metragem, talvez por falta de incentivo/interesse para a compra do livro.

Há uma forma de valorizar e promover a leitura, bastando possibilitar que os espectadores dos filmes pudessem, ao saírem dos cinemas, comprarem os respectivos livros que deram origem aos filmes. Daí a necessidade dos cinemas promoverem campanhas com as editoras dos livros e/ou com as livrarias dos shoppings onde os cinemas estão instalados.

Inúmeras vezes saí do cinema com vontade de ler o livro e cacei uma livraria no shopping até encontrar um exemplar. Em todas às vezes, mesmo o filme estando em cartaz, os livreiros e as editoras não fizeram um comercial sobre o livro, expondo na vitrine ou não concedendo um desconto para quem o assistiu.

Assim, sugiro que as editoras e as livrarias, na próxima vez que um filme baseado numa obra estiver em cartaz, que o livro seja oferecido dentro do cinema a um preço mais camarada para aquele que o assistirá ou então que o espectador apresente o tíquete confirmando que ele assistiu ao filme e ganhe um desconto na compra da obra.

Iniciativas como as sugeridas acima poderiam alavancar as vendas das livrarias, dos cinemas e das editoras, mas mais do que isso, poderiam aumentar a pífia quantidade de livros que os brasileiros leem.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Semana do Livro Nacional em São Paulo

Começa neste sábado (19) a 2ª Semana do Livro Nacional em várias cidades do Brasil. Em busca de mais reconhecimento para a literatura nacional, autores, editoras, blogueiros e livrarias se juntarão montando uma programação que se estende até o dia 27 de julho.

Nesta segunda edição mais de 20 cidades vão participar do evento, juntando grandes nomes da literatura nacional, assim como escritores iniciantes ou independentes.

Em São Paulo - Capital o evento terá início às 14h na loja Lorena da Livraria da Vila, que fica localizada na Alameda Lorena, 1731.

Segue abaixo a programação. Todo o evento ocorrerá no auditório da livraria.

sábado, 19 de julho de 2014
BATE PAPO
SEMANA DO LIVRO NACIONAL
O projeto propõe difundir a literatura entre o público leitor brasileiro, promovendo, durante uma semana, somente autores e obras nacionais em todos os estados e cidades brasileiras. Para isso, conta com a participação de escritores, blogueiros, editores, livrarias e instituições públicas e privadas.

14h - Abertura 

14h20 - Bate-Papo Sobrenatural 
Com Mari Scotti e Bruna Camporezi
Apresentação das obras e como o Mercado nacional recebe livros sobrenaturais de autores brasileiros. Suas sensações e esperanças futuras e o que estão fazendo para mudar essa condição.

15h15 - Palestra com Natália 
Apresentação sobre a Amazon

16h00 - Bate-Papo Romance
Com Felipe Colbert
Apresentação das obras e como o Mercado nacional recebe romances de autores brasileiros. Suas sensações e esperanças futuras e o que estão fazendo para mudar essa condição.
16h45 - Bate-Papo Blogueiros 
Com Mari Scotti e Bruna Camporezi
Qual a visão do blogueiro sobre a literatura nacional e o que espera ver no futuro. Quais temas faltam na literatura nacional . Qual o objetivo do blog quando foi criado e quais espectativas possuem para a Bienal de SP. Plateia fará perguntas.

17h30 - Intervalo 

17h45 - Palestra Sobre Processo de Criação 
Com Felipe Colbert

18h45 - Sorteio / Encerramento 
Com Mari Scotti e Bruna Camporezi

domingo, 22 de junho de 2014

As aparências enganam

O amparense Marçal Aquino é um dos grandes escritores brasileiros contemporâneos. Domina a narrativa como poucos e no brinda com bons textos, como "O Invasor", uma tensa novela ambientada em São Paulo em que tudo o que passamos a acreditar ao longo dela é desfeita, de forma genial, ao final dela.

O livro narra uma trama vivida por três personagens: Estevão, Alaor e Ivan, que são sócios de uma construtora sediada na cidade de São Paulo. Devido à negócios escusos propostos por Alaor e Ivan, mas que renderão altos dividendos para a construtora, Estevão se opõe e quer impedir essa falcatrua seja concretizada, é quando Alaor e Ivan recorrerem a um serviço de matador de aluguel para dar cabo a vida de Estevão, mas o que menos eles esperavam, é que o assassino começa a fazer parte da vida deles e da empresa, até um desfecho inesperado.


Aquino construiu em "O Invasor" uma bela narrativa policial, aonde os fatos acontecem de forma linear facilitando a compreensão do leitor. É um texto com suspense, tensão e, principalmente com pitadas de humor, o que nos leva a rir em alguns trechos e isso alivia um pouco o peso de uma trama policial que contém mortos, jogos de interesse, corrupção e outros ingredientes mais pesados. O mais interessante da obra é que tudo o que começamos a pensar sobre os personagens, são desconstruídos depois, ratificando a característica de uma obra policial em que "as aparências enganam".

Vale dizer que o processo da escrita desta obra foi sui generis, haja vista que um certo dia, o escritor recebeu em sua casa um amigo, o cineasta Beto Brant, que perguntou o que Marçal estava escrevendo. Aquino entregou alguns originais do livro para Beto dar uma lida e fazer algum comentário. Eram poucas páginas e assim que o cineasta leu, imediatamente quis produzir um filme, para desespero de Aquino, pois a história não havia ainda sido terminada.

Beto Brant então convenceu Aquino de terminar a história enquanto produzia o roteiro para o filme "O Invasor". Portanto, o filme saiu primeiro que o livro. Pouco tempo depois, Marçal Aquino voltou para a história e terminou de produzir o livro, para desgosto dele, pois numa das entrevistas que Aquino já concedeu, ele disse que quando começa escrever uma história, não gosta de saber o final dele. Escreve sem amarras, sem fatos pré-definidos e quando ele foi terminar o livro, devido ao roteiro anteriormente escrito, já sabia como que aquela história terminaria.

Eu me lembrava vagamente do nome de Marçal Aquino por uma história publicada pela Ática na famosa coleção Vaga-Lume. Anos se passaram e não "percebi mais a presença do autor", até que ao assistir numa terça-feira (quando o programa ainda passava às terças-feiras na TV Cultura) uma entrevista dele no programa "Provocações", tão bem conduzido pelo Antônio Abujamra, gostei muito do que eu assisti e passei a ter mais interesse nas obras do autor.

Participei de duas entrevistas, ao vivo, que ele concedeu na Biblioteca de São Paulo. Nesses bate-papos com tom informal realizados aos sábados, pude conhecê-lo melhor. Conhecer a sua trajetória, a sua forma de escrever, os seus projetos, sonhos e desafios. Logo percebi que eu estava conhecendo um dos grandes escritores contemporâneos brasileiros, que tem habilidade em narrar histórias, seja ela na forma de conto, novela ou um denso romance.

Para a (in)felicidade dos leitores de Marçal Aquino, ele agora está trabalhando para a Rede Globo, na escrita de roteiros para minisséries, como "Força Tarefa". Tal atividade, segundo o autor disse numa entrevista, tem tomado muito tempo dele, tirando o tempo disponível para produzir literatura, que é uma grande pena.

sábado, 7 de junho de 2014

Um livro de contos dramáticos

É engraçado ou estranho quando conhecemos um autor não pela obra dele mais vendida ou aclamada pela crítica e sim por um livro que não foi tão bem discutido no meio literário. 

Geralmente partimos do livro mais conhecido e, gostando do estilo do autor e da sua forma de narrar, somos seduzidos por ele e partimos, apaixonados, para outras obras. Foi assim que ocorreu comigo em relação ao escritor e médico Drauzio Varella.

Lembro-me quando ele lançou o livro Estação Carandiru pela editora Companhia das Letras. A obra ficou por várias semanas nas listas dos mais vendidos e ele passou a conceder várias entrevistas na imprensa. Drauzio, então, passava a ser mais conhecido pelo que fazia com as letras com o que fazia com os seus pacientes.

Mas eu não conheci o Dr. Drauzio pelo seu livro mais discutido e sim por um título lançado anos depois do aclamado Estação Carandiru. O livro foi o Por um fio, cuja leitura promove uma reflexão sobre como que os pacientes do Dr. Drauzio lidaram com a notícia que possuíam poucos meses de vida devido a uma doença grave como o câncer ou a AIDS.

O livro de 224 páginas, também publicado pela Companhia das Letras, traz ao longo dos capítulos, histórias de como se comportaram os pacientes quando receberam o diagnóstico de uma doença grave e o veredito de que teriam poucos meses de vida. Entremeados nessas histórias, temos flashes autobiográficos do autor, que conta detalhes da sua infância num bairro de São Paulo, a sua relação com o irmão, o curso de medicina entre outros fatos bem interessantes.


Cada capítulo é um conto, uma história diferente de um paciente, que pode ter morrido pela doença diagnosticada ou que tenha alcançado a cura devido algum tratamento administrado pelo médico (lembre-se que o Dr. Drauzio Varella é ateu e não atribui a melhora de nenhum paciente a uma cura divina), mas o que está presente em todas as histórias são a tensão, o drama e até certo ponto a melancolia.

Não há como passar pelos contos sem sentir tristeza e pesar pelo que os pacientes passaram. A forma simples e envolvente da escrita do médico nos coloca, em cada história, dentro da vida do paciente/personagem. Parece que compartilhamos da dor dele como se fosse alguém próximo de nós.

Por um fio é uma bela obra que nos possibilita analisarmos o quão controverso é o ser-humano quando este recebe a notícia que a sua morte está próxima. A leitura do livro também é uma oportunidade de valorizarmos a nossa vida e desfrutá-la a cada instante, pois se formos diagnosticados por uma grave doença e termos os nossos dias abreviados por causa dela, partiremos satisfeitos e seremos, para os que ficaram, um exemplo de pessoa que soube aproveitar bem a vida enquanto teve saúde.

domingo, 6 de abril de 2014

Diálogos deliciosos

O livro Amor Esquartejado, escrito pelo paulista Roger Franchini e publicado pela Editora Planeta, faz parte de dois outros livros em que o autor se utilizou de grandes crimes cometidos na "vida real" como pano de fundo para as suas histórias de ficção policial.



Foi assim com o livro Toupeira - a história do assalto ao Banco Central e Richthofen - o assassinato dos pais de Suzane, este último já lido por mim e com uma resenha aqui neste blog.

O livro Amor Esquartejado tem como pano de fundo a morte do empresário japonês Marcos Matsunaga ocorrida em maio de 2012 em São Paulo. O crime chocou o país, na época, não só pela forma em que morreu o empresário, todo retalhado, mas também pela história do casal, haja vista que a esposa era uma ex-garota de programa e pouco se importou pela vida de luxo em que vivia para se tornar uma criminosa e agora presidiária.

É nessa história horrenda que Franchini desenvolveu o seu livro, mas o leitor não deve esperar uma história cujo foco seja o casal, ou seja, um enredo que conte a história do homem rico, diretor de uma das maiores empresas do Brasil e de uma garota de programa que deixa a vida de prostituta para se tornar uma distinta dona de casa que mora num bairro nobre de São Paulo. Franchini, pelo contrário, aproveita a história para expor mais um pouco os bastidores da polícia civil do Estado de São Paulo, algo que ele começou no seu primeiro livro "Ponto Quarenta" (esgotado) e fez no livro Richthofen.

Por meio de dois personagens policiais, Maurício e Rodrigo, o autor criou uma ficção em que consegue desvelar o que aconteceu dentro dos corredores da polícia judiciária paulista naquela época do sequestro do empresário japonês. A riqueza de detalhes sobre o ofício e o linguajar dos policiais, são fruto do tempo em que o próprio escritor foi investigador de polícia e foram nesses dois aspectos que ele conseguiu prender o leitor numa narrativa menos linear do que ocorreu em Richthofen.

Chamo a atenção aos diálogos deliciosos que permeiam toda a trama. A forma de falar dos policiais é algo que beira o humor. Recheados de palavrões e gírias deixam os diálogos bem interessantes e deixam a narrativa mais leve, mais gostosa de acompanhar e é isso que faz a diferença nos livros policiais escritos por Franchini.

Acredito que o autor poderia ter explorado mais a vida do casal até culminar na morte horrorosa do executivo japonês, como fez no livro Richthofen, onde o escritor se preocupou mais em desvelar o cotidiano da família e dos algozes do casal Richthofen, bem como descrever o clima que pairava na família até a morte prematura do pai e da mãe de Suzane, inclusive com detalhes e descrição muito bem escrita, diga-se de passagem, da morte dos dois.

Franchini poderia, portanto, focar mais o cotidiano do casal formado pela ex-garota de programa e pelo executivo japonês. Isso acabou ficando em segundo plano para contar os bastidores da polícia civil, bem como a guerra que há entre ela e a polícia militar, pouco divulgada na imprensa.

Quando comprei o livro, achei que iria encontrar o que eu li no Richthofen, uma história mais linear, com mais detalhes sobre a família, sobre o casal, as desavenças e as brigas até chegar à morte horrenda do executivo. Como leitor inveterado de livros de terror, esperava detalhes do esquartejamento, de maneira igual a que ele narrou quando da morte dos pais da Suzane, no livro anterior, mas mesmo assim, trata-se de uma obra policial bastante gostosa de ler e que, mesmo não focando o crime em si, dá uma ideia de como funciona a polícia civil do Estado de São Paulo.

sábado, 15 de março de 2014

77 anos da morte do escritor H. P. Lovecraft

Hoje completa 77 anos da morte do escritor norte-americano Howard Phillips Lovecraft, mais conhecido como H. P. Lovecraft.

H. P. Lovecraft é um dos mais importantes escritores de ficção científica, fantasia e terror do século XIX. A última década de sua vida foi a mais produtiva, quando escreveu clássicos como O chamado de Cthulhu e A sombra vinda do tempo

Lovecraft e seus contemporâneos (O Círculo Lovecraft) compartilhavam ideias, personagens e temas, sendo Lovecraft a principal influência. Ele tirou várias ideias de seus próprios pesadelos, muitas vezes pintando um retrato pessimista do futuro e incorporando realidades alternativas povoadas por entidades monstruosas.

Lovecraft causou profunda influência em escritores posteriores como Stephen King e Clive Barker, bem como na cultura popular, no cinema, na música e na televisão.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Impressionei-me pelas descrições

Assisti ao filme primeiro. Isso ocorreu em 2012, quando o eterno Harry Potter, Daniel Radcliffe, interpretou o jovem advogado Arthur Kipps no longa "A Mulher de Preto", homônimo livro escrito pela britânica Susan Hill.

Na época gostei do longa e me interessei pelo livro. Saí do cinema com o desejo de comprá-lo, mas como a sessão tinha começado muito tarde, a única livraria do shopping já estava fechada. Até hoje não entendo como as editoras deixam de faturar ainda mais, se fizessem uma parceria com os cinemas.

Defendo que filmes baseados em livros deveriam ser vendidos diretamente para o frequentador do cinema, numa espécie de lojinha dentro do cinema, ou por falta de espaço físico, isso poderia ser feito na área da venda de pipocas. A maioria dos filmes acaba sendo a porta de entrada de leitores que passam a se interessar pelo livro em que se baseou o filme e isso impulsiona a venda dos livros. O cinema poderia também fazer uma parceria com a livraria que existe no mesmo shopping em que ele está para que ocorresse a venda, ou a pessoa que assistiu ao filme baseado no livro, poderia conseguir um desconto no preço de capa apresentando o tíquete do cinema. Enfim...

Como eu escrevi no post anterior, a vida de professor impossibilita-nos, na maior parte, de assistirmos os filmes que passam no momento e de ler os livros que foram lançados no momento. Acompanho a maior parte dos lançamentos de filmes e livros, mas comentá-los faço isso muito mais tarde, devido o montante de atividades que eu tenho para dar conta como professor.

Com o livro "A Mulher de Preto", publicado pela editora Record, ocorreu um atraso de dois anos para que eu conseguisse ler a obra. Decidi ler o livro dias atrás, com uma brecha nas minhas atividades docentes. Comprei uma edição digital e passei a lê-lo, algo que me levou apenas alguns dias devido à boa qualidade da narrativa.


A história foi muito bem narrada, com muitos ingredientes que pertencem a bons livros de terror. O que me chamou a atenção foi o poder de descrição da autora. Descrição dos personagens, dos seus sentimentos, das paisagens, dos lugares por onde os personagens passaram e das situações de terror vivenciadas pelo protagonista, o jovem advogado londrino Arthur Kipps.

Kipps mora em Londres e é designado para ir até uma cidade no interior da Grã-Bretanha acompanhar o enterro de uma senhora que morava num local afastado da cidade. Além de acompanhar o enterro, o advogado deveria trabalhar na casa em que ela morava para organizar alguns documentos e remetê-los para o escritório que ficava em Londres, mas a partir do momento em que Kipps chega à cidade e coloca os pés na velha e sinistra casa localizada próxima a um brejo assustador, a vida dele passa por algo assustador e que o acompanhará por toda a sua vida.

A história foi estruturada cuidadosamente pela escritora. Todas as questões que envolvem os personagens, a casa e a cidade que surgem ao longo da história deixam o leitor preso ao livro. Uma por uma das questões e dos mistérios são respondidos, sempre de forma tensa, ao longo do livro.

E a tensão é algo que perpassa toda a história, da mesma forma que ocorreu no filme. O livro é sombrio, tenso e assustador. O resultado não poderia ser outro: despertar no leitor o medo. É tão satisfatório e agradável quando lemos algo tão bem escrito que desperta em nós a ansiedade, a tensão e o medo, sentimentos que os leitores de terror apreciam e buscam nas obras.

Acabei de crer que os bons escritores de terror pesam as mãos nas descrições, tudo para envolver o leitor e colocá-lo sempre numa atmosfera de apreensão, de ansiedade, de mistério e de suspense, antes de apresentar situações que o colocarão num estado de medo e que o desestabilizará por alguns segundos, horas e até dias! Isso seguramente "A Mulher de Preto" consegue provocar, como os bons livros de terror que eu li recentemente, como "O Cemitério", de Stephen King, "A Profecia", de David Seltzer e o "Horror em Amityville", de Jay Anson.