quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A Fantástica Fábrica de Chocolate, Roald Dahl

Quando falamos em A Fantástica Fábrica de Chocolate, logo vem à mente, para os mais velhos, o filme homônimo produzido em 1971 e que tinha o ator Gene Wilder como protagonista. Ele atuou como Willy Wonka, o dono da "fantástica fábrica". Em 2005 houve uma refilmagem dirigida por Tim Burton. Dessa vez, o ator Johnny Depp ficou com o papel principal, ou seja, o de atuar como o excêntrico empresário Willy Wonka.

Muitas pessoas não sabem, mas por detrás dessas produções cinematográficas há uma obra intitulada A Fantástica Fábrica de Chocolate que foi lançada na década de 1960, pelo escritor britânico, filho de noruegueses, Roald Dahl (1916-1990).


Roald Dahl fez sucesso com livros direcionados ao público infantil. Além da A Fantástica Fábrica de Chocolate, ele publicou em 1988 outro grande sucesso, Matilda, que em 1996 se tornou filme tendo como diretor Danny DeVito.

Confesso que eu conhecia somente o filme A Fantástica Fábrica de Chocolate, reprisado várias e várias vezes na televisão. Somente fui tomar conhecimento que o filme era baseado num livro, muito tempo depois, ao me deparar num sebo com um exemplar do livro.

A edição que eu li foi publicada pela Editora Martins Fontes, que nos brinda com um livro que contém ilustrações engraçadíssimas de Cláudia Scatamacchia. O livro é delicioso, não só por contar uma história que envolve o universo de doces e chocolates, mas pela maneira humorística, leve e agradável que Dahl conta a história de um excêntrico industrial que deseja abrir a sua mega indústria para visitação de cinco crianças.

Quem, quando era criança, nunca teve o interesse de descobrir como funciona uma fábrica e os segredos que elas escondem na fabricação de doces e chocolates? Pois bem, o livro nos coloca dentro da fábrica de chocolates Wonka, mas ela não é uma fábrica qualquer, ela é uma fantástica fábrica de chocolates.

Willy Wonka é um empresário do ramo de doces, mais especificamente de chocolates, que depois de ter fechado a sua fábrica e demitido todos os funcionários por suspeita de espionagem industrial, resolve reabri-la para visitação de cinco crianças, acompanhadas cada uma por até dois adultos. Mas como que ele selecionaria as crianças espalhadas pelo mundo todo? Por que Wonka deseja abrir a fábrica para visitação? Se a indústria está funcionando, quem trabalha nela se não há sinal algum de operário? Essas questões são respondidas no desenrolar da história.

Paralelamente a isso, há a história de um garoto muito pobre, Charlie Bucket, que capítulos antes é apresentado e capítulos depois tem a sua história entrelaçada incrivelmente com a de Willy Wonka.

O humor que há no texto é resultado em grande parte da excentricidade do personagem principal, Willy Wonka. Ele é um empresário com ideias mirabolantes, como chocolates que podem ser transportados pela televisão e chicletes que não perdem o gosto, por exemplo. Durante a visita a fábrica, temos contato com as suas invenções e os seus projetos malucos para doces e chocolates. Também conhecemos um pouco do seu temperamento, que parece ser bastante explosivo, mas convenhamos, quem aguentaria um grupo de crianças por um dia inteiro?

O desfecho da história nos leva a refletir que, de vez em quando, a obediência às orientações e regras, a "segurarmos" a nossa curiosidade e ouvirmos mais do que falamos, podem trazer bons acontecimentos para a nossa vida, a tal ponto que ela pode mudar drasticamente.

A leitura do livro é muito agradável e de fácil compreensão. É inevitável dar boas risadas com vários trechos, bem como com as ilustrações. Também o que é inevitável e o desejo que surge em nós, da mesma forma quando assistimos o filme, de degustar um bom chocolate.

Não conheço bem o estilo da escrita de Roald Dahl, pois para isso seria preciso eu ter contato com mais alguns dos seus livros, mas a obra que eu acabei de ler dá indícios de que o autor gosta de imprimir na sua narrativa uma característica mais cômica. Se tivermos como referência o filme Matilda, baseado no seu livro de mesmo nome acredito que o estilo de escrita de Dahl provoca mesmo nos leitores algumas boas risadas. Logo, logo terei mais certeza disso, porque no mesmo dia que eu adquiri o livro A Fantástica Fábrica de Chocolate, eu comprei o livro Matilda. Agora resta ler e observar se o escritor repete nele, que foi publicado bem mais tarde do que a fantástica fábrica, a sua característica humorística.

Ah! Verificando o catálogo da Editora Martins Fontes, descobri também que há uma continuação da A Fantástica Fábrica de Chocolate. Trata-se do livro Charlie e o grande elevador de vidro. Claro que eu já comprei e fico na torcida para que o livro chegue logo. Quero verificar o que aconteceu com o menino Charlie e o senhor Willy Wonka. Sem dúvida, novas emoções me aguardam.

Ah! Olha que coincidência! Hoje Roald Dahl faria 96 anos. Portanto, presto com essa minha humilde resenha uma homenagem a esse maravilhoso escritor, que encantou e continua encantando milhares de leitores por todo o mundo.

Se você quiser conhecer todos os títulos desse grande autor disponíveis no catálogo da Editora Martins Fontes, clique aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário