sexta-feira, 29 de junho de 2012

Resenha: Horror em Amityville, Jay Anson

Verdade ou mentira? Se depender do escritor Jay Anson que afirmou "até onde me foi possível verificar, todos os acontecimentos narrados neste livro são verdadeiros", estranhos fenômenos ocorreram mesmo na residência do casal Lutz entre dezembro de 1975 e fevereiro de 1976. Tais fenômenos foram relatados no excelente livro de terror Horror em Amityville, Ed. Círculo do Livro, 1984, 193 páginas.


O livro narra os fatos que se sucederam no nº 112 da Avenida Oceânica, na cidade de Amityville, no estado de Nova York. A obra foi escrita em formato de diário, sendo que cada capítulo representa uma data onde está descrito os acontecimentos sobrenaturais que atormentaram, por 28 dias, a vida do jovem casal George e Kathy Lutz e dos seus filhos Daniel, de 9 anos, Christopher, de 7 e Missy, de 5.

A família Lutz compraram a casa treze meses depois dela ser palco de um brutal assassinato. Na noite do dia 13 de novembro de 1974, Ronald DeFeo, de 24 anos, com um rifle de alta potência, matou a tiros seis pessoas: seus pais, seus dois irmãos e suas duas irmãs. Na polícia, disse que agiu a mando de uma voz que ordenava que ele executasse os assassinatos.

Mesmo sabendo do passado da casa, o casal Lutz a compra por alguns motivos, sendo o principal, o preço que estava bem abaixo do mercado. Inclusive, o casal comprou alguns móveis e utensílios deixados pelos DeFeos.

Logo após a mudança, um padre foi chamado para benzer a casa e logo no início da prece, ouviu uma voz masculina que ordenou "Saia!". O pároco logo terminou a reza e saiu da casa sem dizer nada para a família. Afinal, não queria estragar o sonho da casa própria, ainda mais aquela com sótão decorado, porão, piscina, jardim e um abrigo com um barco preparado para navegar nas águas do rio Amityville.

Depois desse episódio com o padre, a família começou a ser ameaçada por uma força sobrenatural que instalou um estado de pânico e medo em todos os moradores da casa. Objetos se moviam sozinhos, passos eram escutados vindos de cômodos vazios, vozes eram escutadas de locais sem ninguém entre outros fenômenos. Até a personalidade dos moradores foi alterada.

Após 28 dias após a mudança, o casal sai desesperado da casa levando consigo poucos objetos. Deixaram para trás roupas, móveis, utensílios, o dinheiro investido na casa e o sonho de morarem numa mansão. Nunca mais voltaram para a Avenida Oceânica, nº 112.

O livro foi narrado de forma jornalística e isso não o impediu de ser uma grande obra, com uma qualidade que eu aprecio muito em obras de terror, que é a eficiência em causar medo nos leitores.

Alguém pode pensar que um livro de terror escrito em forma de diário e com um tom jornalístico muito forte, não seja interessante, mas esse definitivamente é e vale muito a pena a leitura. Ele é aquele livro que você começa a ler e um medo começa a te tomar. Esse sentimento tão nobre que eu aprecio, aumenta ainda mais quando a leitura ocorre no período noturno. Durante a leitura, o leitor com certeza irá dar uma pausa e olhar para os lados para certificar-se se tudo está normal e em seus devidos lugares.

Horror em Amityville foi publicado em setembro de 1977 e se tornou um sucesso editorial, com mais de três milhões de cópias vendidas. O livro também serviu de inspiração para várias adaptações cinematográficas, sendo a última, lançada em 2005 (trailer abaixo). Na verdade, o filme foi uma refilmagem de outro lançado em 1979.


A obra não é mais vendida nas livrarias, mas é facilmente encontrada em sebos espalhados por todo o Brasil a um preço bem módico. Uma dica é pesquisar e comprar no site Estante Virtual, que reúne sebos de todo o país.

Um comentário:

  1. Parece que assisti ao filme dessa obra. Agora, lendo a sua resenha me interessei pelo livro de Jay Anson...
    Abcs!!

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